Autora: Maria Augusta Orofino (*)


A liderança ambidestra ocorre quando os líderes estão focados em inovar os negócios sem abrir mão da excelência operacional.

Porém, antes de aprofundar o conceito em torno de liderança ambidestra, é preciso refletir sobre o que é a ambidestria. E de que forma ela está relacionada à inovação e ao sucesso da organização.

Ambidestria: em busca de um conceito

Ao buscar o significado da palavra ambidestria, entre as várias definições, uma está ligada à capacidade de uma pessoa em dominar os movimentos do corpo tanto direito quanto do esquerdo. Ou seja, é alguém que consegue balancear suas ações, adaptando-se conforme sua necessidade. Ainda: tem uma característica multitarefa, o que pode agregar no desenvolvimento pessoal e daqueles que o rodeiam.

De certo modo, a mesma ideia também pode ser aplicada ao conceito de ambidestria organizacional. Compete ao gestor identificar os melhores processos para manter a empresa funcionando e gerando lucro e ao mesmo tempo, ampliar a sua visão, buscando inovação nos processos, no modelo de negócio e até mesmo em abrir novos mercados disruptivos. É criar um equilíbrio entre a manutenção do negócio e a abertura de novos negócios inovadores.

Essa ambidestria organizacional pode ocorrer de três maneiras, não se limitando a isso, entretanto:

Ambidestria estrutural

Acontece quando um dos times foca em excelência operacional e o outro em inovação.

Ambidestria cíclica

Ocorre quando inovação e excelência recebem atenção em momentos diferentes, ora focando em um aspecto e depois no outro.

Ambidestria simultânea

Aqui é quando há atenção de ambos os times nas duas iniciativas simultaneamente.

Liderança ambidestra e inovação

Dessa forma, independentemente do modelo de ambidestria organizacional, a liderança inovadora e ambidestra, consegue aliar eficiência à flexibilidade. Especialmente em contextos desafiadores, quando a criatividade é importante aliada.

A ambidestria, assim, une, de um lado, o refinamento, a eficiência, a seleção e a implementação e de outro, a busca, a variação, a experimentação e a descoberta de novas possibilidades.

Liderança ambidestra e sua relação com os colaboradores

Nesse sentido, para que tanto a excelência operacional quanto a inovação estejam em evidência, os líderes ambidestros precisam dosar os seguintes fatores junto aos seus liderados:

  • engajar os colaboradores a ter um mindset digital que também é inovador;
  • aprimorar o desenvolvimento dos colaboradores de forma constante;
  • equilibrar as atividades e ter disciplina frente a cada projeto;
  • estimular a flexibilidade ao realizar as ações;
  • manter uma comunicação clara e assertiva.

Liderança ambidestra e exponencial: uma dupla de sucesso

Assim, pode-se dizer que a liderança ambidestra também precisa ter uma dose de liderança exponencial. Isso porque essa última também necessita manter seu olhar atento ao futuro. Porém, sem perder de vista os processos em curso no presente. Dessa forma, a inovação passa a ser uma necessidade e a criatividade, um motor que a impulsiona adiante.

Ou seja, tanto a inovação quanto a criatividade são fatores que convivem e se inter-relacionam na liderança ambidestra. O líder que encoraja seus times a fazer isso, foca na excelência operacional, sem deixar de lado as transformações inovadoras.

(*) Maria Augusta Orofino é Palestrante, TEDx Talker, consultora nas áreas de Inovação e Liderança. Autora do livro Liderança para Inovação. Co-autora dos livros Jornada Ágil e Business Model You. Reconhecida e premiada pela ABTD-PR como Personalidade do Ano em RH, em 2021 e Top of Mind HSM Academy 2021 e 2022. Considerada como um dos 50 nomes da criatividade no Brasil, em 2022, pela revista Wired Festival.

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