Contabilidade Estrategica no Terceiro Setor: Como a gestão Fiscal pode Multiplicar seu Impacto social
Em um setor cada vez mais exigente e competitivo, a transparência e a organização financeira deixaram de ser opcionais — tornaram-se diferenciais estratégicos. As entidades do Terceiro Setor, ainda que não tenham fins lucrativos, são obrigadas a manter escrituração contábil regular conforme a norma ITG 2002 (R1), estabelecida pela Resolução CFC nº 1.409/12. Essa normativa define diretrizes específicas para o reconhecimento, mensuração e divulgação das informações contábeis, promovendo a conformidade legal e reforçando a credibilidade institucional.
Esse cuidado com a contabilidade é ainda mais relevante diante do cenário de crescimento do setor. Em 2024, por exemplo, o Brasil registrou um total de 897.054 organizações da sociedade civil (OSCs) ativas, conforme dados do Mapa das Organizações da Sociedade Civil, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esse número representa um crescimento de 17.674 entidades em relação a 2023, quando havia 879.380 OSCs ativas no país, ou seja, houve um cresciemnto representativo do setor no nosso pais, parte se deve aos deficitis das politicas públicas do pais mas outra parte se deve ao incentivo fiscal que fumenta o setor.
Mas o cumprimento das exigências normativas e fiscais é um passo fundamental para que as organizações estejam aptas a participar de parcerias públicas, acessar incentivos e garantir isenções tributárias, elementos indispensáveis para a continuidade dos projetos sociais. Mais do que uma obrigação, a contabilidade pode e deve ser compreendida como uma aliada estratégica. Mesmo em organizações sem fins lucrativos, é necessário gerar excedentes que permitam a manutenção dos serviços e a expansão do impacto social. Essa lógica de sustentabilidade exige planejamento orçamentário claro, metas realistas e uma gestão comprometida com a legalidade e a eficiência.
Nesta palestra, vamos refletir sobre como o bom uso das práticas contábeis e o fortalecimento dos controles internos podem ajudar as organizações sociais a se manterem regulares, transparentes e prontas para crescer. A proposta é demonstrar, de forma prática e acessível, como os processos administrativos e contábeis podem ser simplificados, organizados e transformados em instrumentos de transformação institucional.